sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

ENTREVISTAS COM A POPULAÇÃO DO ENTORNO DO AÇUDE SACO I

Os resultados desta pesquisa foram apresentados pela aluna do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas da UAST/UFRPE, Cássia Poliana Príncipe Nunes, na XI Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão - JEPEX/2011.

               As ações do Observatório Ambiental do Semiárido funcionam como um veículo de difusão para a sociedade de informações que muitas vezes passam despercebidas. Partindo disso, a equipe de Extensão realizou entrevistas com os moradores do entorno do Açude Saco I. Essa ação teve como objetivo conhecer a realidade da comunidade conhecida como “Vila do IPA”, no município de Serra Talhada - PE, e posteriormente traçar um perfil da realidade vivenciada por esses moradores, levando em consideração a utilização dos recursos do reservatório, as condições de saneamento as quais estão submetidos, a maneira como é realizado o descarte do lixo e os consequentes impactos ambientais decorrentes dessas ações.
              A partir das entrevistas, pôde-se perceber que o Açude Saco I desempenha um papel de extrema relevância para a população local devido à sua utilização para atividades de pesca,  abastecimento de água principalmente para o consumo e lavagem de roupas (realizadas nas margens) e irrigação para pequenas atividades agrícolas. 75% dos moradores entrevistados realizam a pesca no reservatório apenas para o consumo próprio.
                Quanto às condições de saneamento do local, as residências não possuem rede de tratamento de esgoto, água encanada e coleta de lixo. Observou-se esgotos a céu aberto, grande quantidade de lixo (em sua maioria, latas de alumínio, garrafas e sacolas plásticas), animais soltos (principalmente galinhas criadas para consumo e cachorros) . Os esgotos são despejados ao redor das casas e o lixo é jogado em terrenos próximos e depois queimado.
                Todos os moradores utilizam a água para alguma atividade, seja ela para higiene, consumo ou preparação de alimentos. Alguns afirmavam não consumir a água (“Deus me livre, eu mesmo não tenho coragem de beber aquela água. Acho suja”) principalmente no período em que o banho no açude era permitido; essa medida foi instituida devido a queixas da população quanto à grande quantidade de lixo deixada no reservatório pelos banhistas que não eram da comunidade.












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